Lambuja

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

olho

Sinto tua falta, mas não queria te ver.
Queria te ler, nos teus olhos, nos teus lábios.
Não queria te ver assim, carne humana.
Quero ver tua alma, o teu ser.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ideias doces

Me amarga o caramelo caramelar no que estais caramelando, porque nesse momento estou caramelando em ti, e tu? Onde andaras seu caramelo, sei que muitas coisas passam por essa cabecinha, enquanto meus caramelos então centrados em ti, os teus vagueiam pelo mundo, por outros olhares, outras histórias, figuras, ideias. Eu deveria caramelar assim também, mas não sei, algo me aflige, acho que se não caramelar em ti não voltarei a fazê-lo novamente... isso é completamente estranho pois voce continua aqui, mas algo não deixa afastar meus caramelos de ti, o que será? Viu só, como é doce e meloso demais? Se eu continuar assim vou morrer de diabetes, vou largar esses caramelos e procurar algo mais saudável para me saciar...quem sabe baunilla...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Saiba

De repente tudo muda
você descobre a si mesmo
e o que nem sabia
eu que não sabia que podia amar tanto
não sabia que podia sentir tanta saudade
não sabia que podia realizar tantos sonhos acordada
sempre soube sorrir sem motivo aparente
mas não sabia que um dia esse sorriso teria uma razão assim
não sabia que solidão passa
não sabia que cheiro nos ói é bom
não sabia que encher a boca com a última mordida ou o último gole é maravilhoso
não sabia que poesias foram feitas para serem ditas e não lidas
não sabia que balas de amoras são amarelas por dentro
não sabia o tamanho do que é eterno e infinito
não sabia que podia voar
mas alguém me ensinou...

cont.

sábado, 17 de março de 2012

Eu não quero

Não me venham com regras e mimimis
que eu nem vou ouvir... lálálálálá
Em meio as suas regras eu construo minha loucura
em meio a sua loucura eu sigo as minhas próprias regras
Defendo o seu direito pela sua verdade
defendo o seu direito de ter sua verdade
Mas não me venham com imposições
as verdade também são minhas

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

líricologia

corre
                     corre                                                                     corre
                                                                gira
mescla                                                                                                       desce
                                                         vai e vem


cansei dessa poesia moderna
rápido demais, muito fulgás
não dá tempo de sentir
já tem que estar sentido
mas sentir o quê?
eu quero o realismo
tudo bem explicadinho
o que é real é
você olha e lá está
nada mais, nada além...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

‎"Meu trabalho diante dos senhores implica fundamentalmente em ganhar tempo aparentando alguma inteligência ou apuro estético. Mas, as vezes, resolvo simplesmente bancar o palhaço, como agora, com resultados sempre bastante satisfatórios. Para mim, tanto faz se banco o tolo ou o sábio, pois quanto dos senhores, na verdade, saberia distinguir um picadeiro de um altar?"



texto retirado da peça 45 minutos com caco ciocler
Schiiiiih... silêncio...
Hoje eu quero ouvir meus pensamentos
Eles falam sussurando 
e é por isso que nao escuto as vezes
Shhiiiu... ele falou denovo 
mas eu nao ouvi porque me destrai aqui com o motociclista que buzina a noite...
Não sei qual é o mundo que os meus pés pisam
Só quero caminhar cada vez mais longe 
Longe do que me enfraquece
E mais perto daquilo que faz os meus pés sairem do chão
Parecido com que acontece toda vez que te abraço



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Não é meu

Eu quero chorar a lágrima que jamais foi derramada

De uma dor tão sofrida

Da sensação de se estar só em um mundo que não é seu

De que nunca poderá retornar de onde veio

E que tudo aqui consome minhasforças

Eu já não tenho forças

Nesse mundo não há poesia

Não há compaixão

Todos estão cegos, surdos e mudos

Eu não quero ser a única

Não quero guiar esse povo, ele não é meu

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Livrai-me

Não quero saber dessas futilidades, do que é desnecessário e vazio
Quero me apegar ao que é irreal e real ao mesmo tempo...explico
Ao mundo profundo que há em cada livro
E fazer da sua história a minha
E delas experimentar de todos os sentimentos
A fúria, a raiva, a tristeza, melancolia, alegria, amor, compreensão, prazer
Me deliciar nos braços de meu amado
Provar do sabor suave das minhas amizades
Sentir o amor verdadeiro, defeituoso, porém verdadeiro da minha familia
E poder sorrir por viver no mundo livre, meu universo
Onde a imaginação percorre os quatro cantos dessa minha caixa
Os pensamentos são andorinhas cantarolantes
E fazer tudo isso intensamente aos pouquinhos
Que meus dias sejam curtos e minha vida seja longa