Lambuja

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Essa é a história da borboleta que se apaixonou por um soco

E então tive a certeza da vida vã. E sorvi de um gole só meia lata de cerveja. E queimei os lábios ressequidos com um chá de hortelã. E entoei um samba. E bocejei com as mãos trêmulas. E beijei uma mocinha que já me conhecia. E minha velha postou a mão sobre meu ombro. E fiquei melancólico com o futuro. E sorri lembrando o passado...Ter a sensação de que tudo que acaba de dizer, já foi dito. Já foi falado, calado, esquecido

MICHEL MELAMED

Efêmero

Tempo, tempo seja meu amigo, meu caro
Não passes tão depressa quando estou em outro mundo que não o seu
Nem passes devagar quando a realidade me parece eterna
Só peço que me compreendas
Não me passe a perna, não me dê rasteiras